sábado, 19 de julho de 2008

Raiz

Há uma névoa branca na cidade.
Agora anda ofuscando meu pensamento.
Outrora lembrando, Lembrado pela névoa branca.
Sinto incapaz de socorrer-me.
Sinto a dor de percorrer os inusitados caminhos de minha alma
Quanto mais fundo penetro-a, mais sinto o quanto sou bicho, feroz,
incapaz de ser domado, antisocial, subjetivo, hipócrita, inconsciente.

Mais por onde anda a consciência?
Pra onde se foi?

O poeta se foi assim
num lapso inconsciente pela falta da consciência,
um lapso instrumental com sons de quermesse.

A festa de São Pedro me faz falta
A da pracinha também.

A gincana do colégio então!

Temo em retomar minhas raízes e
perder o que conquistei até agora.

Será que não estarei bem comigo nunca?

Temo em nunca sair da névoa branca,
Que me aperta e me sufoca porém me faz criar.
Ser pensante!
Minha raiz ainda solta da terra,
Quebrada, desprendida,
Presciso me alimentar de terra,
Sentir os pés no chão,
Andar por aí sem ter que chegar,
Ligar, implorar, avisar, outorgar.

Quero ser livre de novo voar por aí!
Como um Falcão, NU!
Percorrer as sarjetas de minha alma,
Encontrar com o falso profeta lhe dizer adeus,
Então voltar a ter PAZ!!

Somente paz, feliz,
A direita de Deus pai.
Encontrar o clarão,
A luz,
Sem a névoa branca,
Sem ver branco,
Sem ver...